O presidente da Rússia alertou que o uso de armas nucleares pode ser considerado em resposta a ataques com mísseis convencionais, especialmente se houver apoio de potências nucleares. Essa mudança na doutrina nuclear reflete a crescente preocupação com as discussões sobre o envio de armamentos ocidentais à Ucrânia, que poderiam levar a um conflito direto entre a Rússia e a OTAN. As declarações surgem em um contexto de tensões intensificadas entre os EUA, Reino Unido e Rússia, especialmente após novas sanções impostas ao Irã.
Além disso, a administração americana autorizou a Ucrânia a realizar ataques transfronteiriços, aumentando as capacidades ofensivas do país. Essa mudança de política pode ter repercussões significativas para a segurança na Europa, destacando a magnitude do arsenal nuclear existente entre EUA e Rússia, com estimativas de 3,7 mil e 4,5 mil ogivas nucleares, respectivamente. A nova doutrina russa indica que a resposta nuclear pode ser acionada em caso de um ataque aéreo em massa.
A suspensão unilateral do Tratado sobre Redução de Armas Estratégicas pela Rússia em fevereiro de 2023 é um indicativo do aumento das tensões globais. O cenário de segurança internacional se agrava com o aumento dos gastos em armamentos nucleares, que cresceram consideravelmente em 2023. Essa situação gera preocupações sobre as implicações de um possível conflito mais amplo na região.