No dia 1º de outubro, a China celebra 75 anos desde o triunfo do comunismo, um período marcado por uma transformação econômica sem precedentes. Quando Mao Tsé Tung chegou ao poder em 1949, a China era uma nação empobrecida e devastada pela guerra, com um PIB de apenas US$ 150 bilhões. A mudança significativa começou em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping, que implementou a política de Reforma e Abertura. Essa estratégia foi responsável por tirar cerca de 740 milhões de pessoas da pobreza e transformar a China em uma das maiores potências econômicas do mundo, com um PIB atual de aproximadamente US$ 17 trilhões.
As reformas de Deng foram fundamentais para o afastamento do modelo maoísta, permitindo um crescente protagonismo do mercado na economia. Ele introduziu modernizações no setor agrícola e promoveu a abertura para investimentos estrangeiros, criando zonas econômicas especiais que impulsionaram o crescimento. Apesar da desaceleração do PIB nos últimos anos, a China continua a buscar inovação e desenvolvimento, mirando em uma posição de liderança na economia global, superando, potencialmente, os Estados Unidos até 2030.
Entretanto, o crescimento econômico trouxe à tona desafios como a desigualdade social e problemas ambientais, além de uma crescente repressão política. O atual governo mantém um rígido controle sobre a sociedade e, sob a liderança de Xi Jinping, há relatos de violações de direitos humanos e um aumento na concentração de poder. O legado das reformas de Deng e os avanços econômicos continuam a ser acompanhados por um debate sobre as liberdades civis e a vigilância estatal, refletindo as complexas dinâmicas da China contemporânea.