Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticam o tom do debate de alguns deputados, reforçando que a intenção não é eliminar as emendas, mas sim aquelas carentes de transparência e rastreabilidade, em desacordo com princípios constitucionais de lisura no uso do dinheiro público. Enfatizam a necessidade de cobrar do Legislativo o respeito à Constituição e a garantia de transparência e rastreabilidade no emprego dos recursos públicos, afastando a ideia de uma suposta guerra institucional.
Os ministros do STF alertam para a importância de manter a transparência e a identificação dos autores das emendas, reforçando que tais recursos devem ser direcionados para investimentos nas bases eleitorais, e não para custeio de despesas correntes, como tem sido observado em algumas prefeituras. O embate entre o Legislativo e o Judiciário ganha destaque, com parlamentares discordando da posição do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que propõe a eliminação das emendas PIX, ressaltando a necessidade de respeito à Constituição e à independência entre os Poderes como premissas fundamentais.
A disputa em torno das emendas parlamentares revela um cenário de conflito entre Executivo, Legislativo e Judiciário, com os ministros do STF enfatizando a importância de exigir transparência e lisura no uso dos recursos públicos, sem se envolver diretamente nas disputas políticas entre os poderes constituídos. A decisão do ministro Flavio Dino, que deve ser confirmada pelo plenário do STF, destaca a necessidade de ajustes para garantir a transparência e a legalidade no emprego das emendas, visando assegurar a correta destinação dos recursos para benefício das comunidades atendidas.