O Rio Paraguai está enfrentando uma seca severa, com seu nível registrado em Ladário nesta quarta-feira (28) alcançando uma marca negativa de seis centímetros. Este cenário crítico está provocando impactos significativos nas operações da região, especialmente em Corumbá (MS), onde atividades de mineradoras estão sendo severamente afetadas. Desde a última quinta-feira (22), uma das empresas locais paralisou o transporte de minério de ferro devido à baixa profundidade do rio, resultando na retenção de entre 700 mil e um milhão de toneladas de minério.
A situação atual é alarmante, pois o Rio Paraguai pode registrar o menor nível de sua história em 2024, superando os baixos níveis registrados em 1964 e 2021. Esse fator tem implicações diretas na movimentação de cargas pela hidrovia, que é crucial para a economia local e nacional, movimentando milhões de toneladas anualmente. Apesar da navegação de outros barcos não ter sido interrompida, o impacto na mineração é evidente e significativo.
A empresa afetada está reavaliando sua produção em resposta à situação. Diferentemente de 2011, quando o escoamento da produção foi possível por transporte rodoviário, as atuais condições econômicas e de mercado não permitem essa alternativa devido ao custo elevado do transporte rodoviário e do preço internacional do minério. O cenário atual está forçando uma readequação na produção e escoamento do minério de ferro, evidenciando o impacto profundo da seca no setor.