A seca de 2024 no estado do Amazonas está se mostrando ainda mais severa do que a do ano anterior, com previsão de atingir seu ponto mais crítico dois meses antes do recorde histórico de 2023. Até terça-feira, 20 de agosto, cerca de 255 mil pessoas foram afetadas pela estiagem, levando 20 municípios a decretarem situação de emergência. A Defesa Civil do Amazonas relata que a seca está causando impactos significativos, com cidades como Tabatinga enfrentando dificuldades severas para receber água potável e insumos essenciais.
As consequências da seca são visíveis em várias áreas, como em Tabatinga, onde embarcações encalharam devido à baixa profundidade do Rio Solimões. A comerciante Aline Isabela destacou como a seca prejudicou seu sustento diário, com sua balsa flutuante, antes essencial para o transporte de mercadorias, agora encalhada. O pesquisador André Martinelli também prevê que os efeitos da seca em Tabatinga começarão a se refletir em Manaus e em outras cidades ao longo do Rio Negro dentro de até 20 dias, devido à redução abrupta das águas.
A situação é grave, com 20 municípios do Amazonas enfrentando emergências e aproximadamente 63,5 mil famílias sofrendo com a falta de água e outros recursos. A lista de cidades afetadas inclui Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, entre outras, todas enfrentando desafios significativos devido à severa estiagem que afeta a região.