A Rússia anunciou a proibição de entrada de 92 cidadãos americanos, entre eles jornalistas dos principais veículos de comunicação como o The Wall Street Journal, New York Times e Washington Post. A lista de restrições também inclui autoridades do Departamento de Justiça, do Departamento do Tesouro e da Força Espacial dos EUA, além de acadêmicos de instituições renomadas como Harvard e Universidade da Virgínia. Entre os afetados está Emma Tucker, editora-chefe do The Wall Street Journal, e Nathan Hodge, ex-chefe do escritório de Moscou do mesmo jornal.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia justificou as sanções como uma resposta à “russofobia” promovida pela administração Biden, que, segundo Moscou, visa infligir uma derrota estratégica à Rússia. A Rússia acusou os jornalistas americanos de produzir e disseminar “fake news” sobre o país e suas forças armadas, além de promover propaganda para a “guerra híbrida” liderada por Washington. O ministério também criticou as sanções americanas impostas a políticos e empresários russos, chamando-as de um “frenesi de sanções”.
Este não é o primeiro caso de listas de proibição emitidas pela Rússia. No ano passado, 500 americanos, incluindo figuras como o ex-presidente Barack Obama e o apresentador Stephen Colbert, foram barrados do país. Em resposta à nova proibição, um porta-voz do The Wall Street Journal condenou a medida como um ataque contínuo à imprensa livre e à verdade, observando que atualmente o jornal não possui repórteres na Rússia.