O Projeto Conecta-Vidas, iniciado há quase dois anos, atua na proteção da preguiça-de-coleira-do-nordeste e do ouriço-preto nas florestas da Praia do Forte, no litoral norte da Bahia. A iniciativa surgiu em resposta à expansão urbana que ameaça esses habitats. Em parceria com o Aruá Observação de Vida Silvestre e o Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação da Universidade Estadual de Santa Cruz, foram instaladas 12 pontes de travessia para conectar fragmentos florestais e mitigar os efeitos da urbanização.
O projeto enfrenta desafios significativos devido à falta de recursos financeiros fixos, dependendo de doações e contribuições de pesquisadores. Até o momento, as câmeras instaladas nas pontes registraram 75 travessias de diferentes espécies, incluindo o ouriço-preto. A equipe busca expandir o número de pontos de travessia para cobrir uma área maior e integrar os esforços de conservação a novos empreendimentos na região.
Além das ações de monitoramento e instalação de equipamentos, o Projeto Conecta-Vidas promove atividades educacionais e conta com a colaboração ativa da comunidade local. Recentemente, foram anexadas mochilas GPS a preguiças para estudar seu comportamento e os impactos da urbanização. Com o engajamento da população e iniciativas de turismo científico, o projeto visa preservar a biodiversidade da Mata Atlântica e demonstrar a eficácia da cooperação entre ciência e comunidade na conservação ambiental.