Osasco enfrentou, recentemente, a pior qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O município registrou níveis alarmantes de poluição, comparáveis apenas aos de Cubatão, na Baixada Santista. O calor intenso e a densa camada de poluição impactaram diretamente a saúde dos habitantes, com relatos de desconforto respiratório e irritação nas vias aéreas.
A presença de uma estação de medição de qualidade do ar ao lado de uma avenida movimentada em Osasco foi apontada como um dos motivos para os altos índices de poluição registrados. Moradores relataram sensações de poeira no ar e utilizaram máscaras para se proteger. O pneumologista André Nathan alertou para os graves problemas de saúde que podem ser causados pela inalação de poluentes, destacando a possibilidade de inflamações pulmonares e até complicações cardiovasculares decorrentes da exposição prolongada.
A história da poluição em Osasco remonta a décadas atrás, com dados que mostram uma redução significativa nos índices de material particulado desde 1986. No entanto, a preocupação com a qualidade do ar persiste, especialmente em áreas próximas a vias de intenso tráfego. A gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, Maria Lúcia Guardani, ressaltou a importância das estações de monitoramento para avaliar a influência da poluição veicular.