Após uma separação, a autora do texto descobre a experiência de ficar sozinha em casa nos dias em que seu filho está com o pai. Inicialmente estranho, ela aprende a se comunicar consigo mesma, expressando suas opiniões em diálogos internos e até mesmo em lugares públicos, como no cinema e no carro. Com bom humor, relata situações em que se pega conversando em voz alta e gesticulando, buscando disfarçar esses momentos constrangedores de solidão aparente.
A narrativa revela a jornada de autoconhecimento e autossuficiência da protagonista, que passa a apreciar a arte de conversar consigo mesma. Entre reflexões sobre sua nova realidade pós-divórcio e o hábito de falar em voz alta em diversas situações do cotidiano, ela reconhece a importância de ser seu próprio interlocutor e de encontrar companhia em seus próprios pensamentos. A experiência revela que, mesmo sozinha, há sempre assunto de sobra para dialogar e se entreter, fortalecendo a relação consigo mesma.