Janaína de Oliveira, uma gerente de 39 anos de Brusque, Santa Catarina, enfrentou uma longa e dolorosa batalha contra um linfoma raro, descoberto nove anos após a colocação de implantes mamários. Em novembro de 2021, ela notou um caroço na axila direita e, após uma série de exames e diagnósticos, descobriu que o câncer estava associado ao silicone dos implantes. O linfoma, inicialmente diagnosticado como linfoma de Hodgkin, foi tratado com quimioterapia e, posteriormente, com um transplante de medula óssea. Durante o tratamento, Janaína descobriu que o linfoma estava ligado aos implantes, levando à necessidade de sua remoção para a cura.
A jornada de Janaína foi marcada por um intenso tratamento que incluiu mais de 30 sessões de quimioterapia e um transplante de medula óssea em Florianópolis. Ela enfrentou dificuldades com a falta de informação sobre os riscos dos implantes mamários, especialmente sobre a possibilidade de desenvolvimento de linfoma, um tipo raro de câncer associado a próteses. A descoberta da relação entre o câncer e os implantes foi feita após uma série de exames detalhados no Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), onde foi confirmado que o câncer estava associado às próteses.
Desde então, Janaína tem usado suas redes sociais para compartilhar sua experiência e alertar outras mulheres sobre os riscos dos implantes mamários. Ela aconselha que todas considerem cuidadosamente a saúde e os possíveis riscos antes de optar por procedimentos estéticos. Seu relato tem ajudado a aumentar a conscientização sobre o linfoma anaplásico de grandes células associado aos implantes mamários (BIA-ALCL), uma condição que pode ser detectada com exames específicos e tratada com a remoção dos implantes.