O mercado imobiliário brasileiro apresenta sinais de aquecimento no segundo trimestre de 2024, apesar da percepção de preços elevados pelos compradores. Segundo o Raio X FipeZAP, houve um aumento na participação média de compradores, que preferiram em sua maioria imóveis usados (72%) em relação aos novos. Porém, a intenção de compra para os próximos três meses recuou para 35%, o menor nível desde 2020, possivelmente devido à percepção de preços altos por 79% dos potenciais compradores.
Os potenciais compradores demonstram expectativas moderadas em relação aos preços dos imóveis, projetando um aumento de apenas 0,7% daqui a 12 meses. Enquanto isso, os compradores recentes e proprietários esperam incrementos mais significativos, de 67% e 4,6%, respectivamente. A preferência por imóveis usados entre os potenciais compradores foi de 46%, com 86% deles declarando uso para moradia, sendo a maioria para dividir com alguém (72%), em contraste com os 14% interessados em investimento imobiliário, priorizando a obtenção de renda com aluguel (73%).
Os proprietários, por sua vez, majoritariamente destinam seus imóveis para moradia (79%), sendo 72% para morar com alguém. Os investidores representam 21% dos proprietários, com 72% deles visando obter renda com aluguel, enquanto 28% planejam revender o imóvel após valorização. O mercado imobiliário brasileiro segue em movimento, com tendências e perspectivas que refletem as diferentes motivações e preferências dos compradores e proprietários no cenário atual.