Uma denúncia de erro médico em uma cirurgia de hérnia inguinal realizada em uma criança de oito anos no Hospital Municipal Valentina, em João Pessoa, tem gerado controvérsias e levado a investigações. A mãe da criança relatou que, apesar da hérnia estar no lado direito do corpo, o procedimento foi realizado no lado esquerdo, resultando em um equívoco que só foi percebido após a cirurgia. Após uma Comissão de Ética Médica local arquivar o caso, a gestão municipal discordou e encaminhou a situação ao Conselho Regional de Medicina, que abriu sindicância para apurar os fatos.
A situação levantou questionamentos sobre a conduta da equipe médica envolvida no procedimento, levando a médica responsável, inicialmente afastada e depois em licença maternidade, a ficar sob responsabilidade do Conselho Regional de Medicina. O caso também ressalta a importância da ética médica e da fiscalização dos procedimentos realizados, com a possibilidade de punições que variam desde advertências até a cassação do registro médico nos casos mais graves. Enquanto isso, a criança ainda não passou pela cirurgia correta e a mãe aguarda o término da carência do plano de saúde para realizar o procedimento em uma unidade particular, após decidir não retornar ao hospital onde ocorreu o erro.
A repercussão do caso tem levado a um intenso debate sobre a responsabilidade e os desdobramentos legais diante de erros médicos, com o Conselho Regional de Medicina da Paraíba abrindo sindicância e ressaltando a importância do amplo direito de defesa tanto do denunciante quanto do denunciado. Enquanto isso, o secretário de Saúde do Município se compromete a investigar a fundo o ocorrido e garantir o apoio necessário à criança, que precisará passar por uma nova cirurgia para corrigir o equívoco e tratar a hérnia no lado correto do corpo, em um desfecho que coloca em destaque a busca por justiça e segurança nos procedimentos médicos.