As inúmeras falhas do governo Lula em lidar com a crise democrática na Venezuela expõem a fragilidade da busca do Brasil por liderança na América do Sul. A bússola ideológica da política externa brasileira resultou em uma armadilha, onde o país parece priorizar alianças com ditaduras do Sul Global em detrimento de democracias alinhadas aos interesses de Washington. Essa postura levanta questionamentos sobre a direção e os valores que orientam a diplomacia brasileira sob o governo Lula, impactando sua influência regional.
Além disso, a preferência do Brasil por se alinhar a regimes autoritários em vez de apoiar democracias na região pode comprometer sua reputação internacional e sua aspiração de liderança sul-americana. A falta de coerência e consistência na condução da política externa durante o governo Lula levanta dúvidas sobre a capacidade do país de exercer efetivamente um papel de destaque no cenário internacional, especialmente em questões sensíveis como a defesa da democracia e dos direitos humanos.
Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de uma revisão profunda da estratégia diplomática brasileira, a fim de reconciliar interesses nacionais com valores democráticos e promover uma atuação mais assertiva e coerente no cenário global. O governo Lula enfrenta o desafio de reavaliar suas alianças e prioridades, a fim de restabelecer a confiança e o respeito do Brasil como ator relevante na América do Sul e no mundo.