Entre os dias 27 e 28 de agosto, pelo menos 47 novos focos de incêndio foram detectados nas regiões de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, com destaque para Morro Agudo e Altinópolis. O aumento da poluição do ar na área é preocupante, refletindo na concentração de micropartículas, que subiu de níveis bons para moderados, com picos críticos observados durante a semana anterior. A qualidade do ar continua a se deteriorar, com índices de umidade relativos a níveis de atenção e temperaturas elevadas, que agravam a situação.
Os incêndios, que começaram no final da semana passada, destruíram vastas áreas de vegetação e plantações, causando transtornos à saúde pública e obrigando evacuações. A Defesa Civil e entidades agrícolas ainda tentam calcular a extensão total dos danos. Os incêndios em São Paulo são os mais graves desde 1998, com mais de 3,1 mil focos registrados somente em agosto. A situação foi exacerbada por uma combinação de clima seco e altas temperaturas, que contribuíram para a rápida propagação das chamas.
O governo estadual criou um comitê de crise em Ribeirão Preto e mobilizou aeronaves das Forças Armadas para auxiliar no combate aos incêndios. Apesar da pausa nas chamas devido à chegada de chuvas e uma frente fria, a situação permanece crítica, com 48 municípios em alerta máximo. A previsão é de que o tempo seco e as altas temperaturas persistam, mantendo o risco de novos incêndios e prolongando o impacto ambiental e na saúde da população.