O governo federal está empenhado em garantir que a sabatina de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central aconteça antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 17 e 18 de setembro. No entanto, um impasse sobre as regras para execução de emendas parlamentares, que foram suspensas pelo Supremo Tribunal Federal, pode levar a um adiamento da sabatina para depois das eleições municipais. O Planalto tenta resolver a questão com o Senado, mas a negociação está complicada.
O governo havia sugerido que a sabatina ocorresse na próxima terça-feira, 3 de setembro, mas o senador Vanderlan Cardoso, responsável pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), indicou que seria mais adequado realizar a sabatina em 10 de setembro, para permitir a Galípolo mais tempo para se preparar. Recentemente, Vanderlan deu declarações conflitantes, sugerindo que a votação poderia ocorrer somente após o primeiro turno das eleições municipais, o que gerou especulações sobre uma tentativa de pressionar o governo para obter concessões.
Apesar das discussões e do clima tenso, as fontes indicam que a indicação de Galípolo será aprovada sem grandes dificuldades. O foco principal agora é a questão das emendas parlamentares e a necessidade de um acordo para garantir a transparência e rastreabilidade desses recursos, o que está sendo negociado entre o governo e o Senado.