Carla Comini, publicitária de 61 anos, começou a fumar aos 13 e fez do tabagismo uma constante em sua vida a partir dos 18 anos. Embora seu pai tenha oferecido presentes para incentivá-la a parar, o vício persistiu até que, aos 49 anos, ela decidiu buscar ajuda para abandonar o cigarro. No entanto, os efeitos do tabagismo já haviam feito estragos em sua saúde, revelando-se em sintomas como tosse constante e enfisema pulmonar, uma condição crônica de obstrução das vias aéreas que afeta cerca de 80% dos casos devido ao tabagismo.
A DPOC, doença caracterizada pelo estreitamento das vias aéreas e dificuldades respiratórias, pode manifestar-se como bronquite crônica ou enfisema, e seu diagnóstico muitas vezes ocorre tardiamente devido à semelhança dos sintomas iniciais com resfriados comuns. Apesar de não ter cura, a doença pode ser tratada com medicamentos, terapias de oxigênio e reabilitação pulmonar. Recentemente, uma nova terapia tripla inalatória foi aprovada pela Anvisa, prometendo reduzir significativamente as crises associadas à DPOC.
A reabilitação pulmonar tem sido crucial para Carla, que, desde o diagnóstico, adota exercícios respiratórios e yoga para manter sua qualidade de vida. Mesmo enfrentando complicações como a Covid-19, que comprometeu 35% de seus pulmões, a prática regular de atividades físicas ajudou a evitar a hospitalização e a melhorar seu bem-estar geral. Carla continua a viajar e realizar suas atividades cotidianas com maior facilidade, demonstrando a importância do tratamento e da atividade física para a gestão da DPOC.