Um estudo recente da Unicamp, publicado na Revista de Saúde Pública, revelou que a taxa de mortalidade materna entre mulheres pretas no Brasil é quase o dobro em comparação com mulheres pardas e brancas. Analisando dados do Ministério da Saúde de 2017 a 2022, o estudo apontou que esse cenário persiste em todas as regiões do país, faixas etárias e causas levantadas, destacando a cor da pele como um fator determinante.
A pesquisa evidenciou que, durante o período avaliado, a taxa de mortalidade materna no Brasil foi de 68 mortes por 100 mil nascidos vivos, sendo que mulheres brancas e pardas registraram 64 mortes, enquanto mulheres pretas alcançaram alarmantes 125,8 mortes. Essa disparidade ressalta a necessidade urgente de políticas públicas e ações afirmativas para enfrentar a desigualdade racial no sistema de saúde brasileiro, visando garantir a equidade no acesso e na qualidade da assistência às gestantes de diferentes etnias.