Nos últimos dias, três grandes operações da Polícia Federal (PF) têm exposto casos de corrupção e fraude em Tocantins, envolvendo figuras proeminentes dos poderes Executivo e Judiciário. A Operação Fames-19 investiga o desvio de verbas públicas destinadas à distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19, com o governador Wanderlei Barbosa e sua família como principais alvos. As investigações revelaram apreensões substanciais de dinheiro em espécie e documentos suspeitos nas propriedades do governador, que nega qualquer envolvimento.
A Operação Máximus, por sua vez, foca em um suposto esquema de venda de sentenças dentro do Judiciário. O desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e o juiz José Maria Lima foram afastados de seus cargos após a descoberta de possíveis crimes como corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A operação levou à prisão de vários envolvidos e ao cumprimento de mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, incluindo sedes judiciais.
Por fim, a Operação Timóteo 6:9 investiga fraudes em contratos da extinta Secretaria de Infraestrutura e da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), com foco em possíveis irregularidades durante o mandato do ex-governador Mauro Carlesse. As suspeitas envolvem pagamentos por serviços não prestados e contratos de grande valor. Carlesse, que foi afastado anteriormente por outra investigação, refuta as acusações, enquanto o governo do Tocantins afirma estar colaborando plenamente com as autoridades.