Uma operação conjunta do Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia Federal resultou na prisão de 14 suspeitos envolvidos em fraudes bancárias que movimentaram cerca de R$ 8 bilhões. A investigação revelou que duas empresas que se apresentavam como fintechs e ofereciam serviços financeiros típicos, como contas bancárias e empréstimos, estavam no centro de um esquema de lavagem de dinheiro. A operação abrangeu São Paulo, 13 municípios do interior paulista e Belo Horizonte, e também resultou na apreensão de trinta carros de luxo.
Os bancos digitais investigados utilizavam contas em grandes instituições financeiras, que eram divididas em subcontas operadas por empresas de fachada e reais. Essas subcontas realizavam transações financeiras entre si, tornando-se invisíveis para o sistema financeiro. Usuários dessas contas eram, na maioria, indivíduos com pendências legais e fiscais, que usavam os serviços para proteger seus patrimônios.
Além das fraudes bancárias, a investigação revelou que as contas eram usadas para financiar atividades criminosas, como tráfico de drogas e corrupção. A Justiça ordenou o fechamento de 194 empresas envolvidas no esquema, e a Polícia Federal destacou que o dinheiro movimentado contribuía para a criminalidade organizada.