A Embraer (EMBR3) está vivenciando um momento inédito em sua unidade de defesa e segurança, com o backlog internacional superando pela primeira vez o nacional. Esse desenvolvimento é visto como um sinal da crescente globalização da divisão de defesa da empresa. João Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa e Segurança, destacou que a internacionalização é um divisor de águas para a companhia, que está celebrando 35 anos de listagem na Bolsa brasileira.
O modelo C-390 é apontado como o principal vetor de crescimento da unidade de negócios da Embraer. Além das seis aeronaves em operação no Brasil, há duas em Portugal e uma terceira será entregue à Hungria na próxima semana. Países como Holanda, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul também optaram pelo cargueiro multimissão da Embraer. A empresa está ainda em disputa por contratos na Índia e na Arábia Saudita, com planos para fabricar 50% do conteúdo das aeronaves localmente na Índia, conforme exigências legislativas.
A Embraer também almeja penetrar o mercado dos Estados Unidos, que investiu US$ 900 bilhões em defesa no último ano. João Bosco da Costa Junior acredita que a combinação de cargueiros estratégicos e táticos, como o C-390, pode oferecer uma versatilidade significativa para a força aérea americana. A empresa está trabalhando para expandir sua presença nesse mercado crucial, tentando posicionar o C-390 como uma opção relevante.