A Polícia Federal desencadeou a Operação Concierge nesta quarta-feira (28), resultando na prisão de 14 pessoas, incluindo um suplente de deputado federal e sócios de dois bancos digitais, a Inovebanco e o T10 Bank. A operação visa desmantelar um esquema de fraude financeira que movimentou R$ 7,5 bilhões por meio de fintechs, com o uso de contas clandestinas para transações ocultas. Foram apreendidos 46 veículos, a maioria de luxo, além de joias, relógios, e máquinas de cartão de crédito.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversas cidades de São Paulo e Minas Gerais, incluindo Campinas, São Paulo e Ilhabela. Além das prisões, o bloqueio de R$ 850 milhões em contas e a suspensão das atividades de 194 empresas foram autorizados pela Justiça. A investigação revelou que as fintechs ofereciam contas para clientes com bloqueios tributários e dívidas, permitindo a movimentação financeira oculta.
A operação também implicou a suspensão de registros de advogados e contadores envolvidos e a aplicação de sanções fiscais às empresas investigadas. O esquema envolvia a utilização de contas bancárias comerciais para disfarçar transações e manter os clientes invisíveis para o sistema financeiro oficial. A operação visa enfrentar crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituições financeiras.