O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, enfatizou a importância da coesão e do compromisso entre os membros do Copom na última comunicação, destacando o objetivo de atingir a meta de inflação de 3%. Durante evento em São Paulo, Guillen evitou dar pistas sobre futuras decisões de política monetária, ressaltando a estratégia de manter a taxa de juros por um período adequado, mas sem descartar possíveis elevações para garantir a convergência da inflação ao patamar desejado.
Guillen também abordou a necessidade de reancorar as expectativas de inflação para reduzir o custo desinflacionário, destacando o desafio da inflação de serviços como termômetro dos demais determinantes da inflação geral. O diretor mencionou que a curva de juros mais alta não foi suficiente para conter as expectativas de inflação, exigindo uma avaliação cautelosa e acompanhamento dos cenários. Além disso, ele ressaltou a importância do monitoramento do desenvolvimento da política fiscal e da renda, que impactam diretamente na condução da política monetária e na economia como um todo.
Guillen também mencionou a pesquisa Firmus do BC, que busca captar a percepção das empresas não financeiras sobre seus negócios e a economia brasileira. Ele destacou a importância de avaliar setores e tamanhos de empresa para discutir as expectativas e ressaltou a semelhança dos resultados com pesquisas realizadas em outros países. O diretor enfatizou a necessidade de aprofundar a análise das expectativas das empresas e dos profissionais do mercado, visando uma visão mais abrangente e consistente para embasar as decisões do Copom.