No final dos anos 1990, os estudos sobre os usos sociais da internet começaram a explorar como a vida online estava transformando o engajamento político. As discussões focavam na maneira como a conectividade digital estava diminuindo o esforço e os recursos necessários para se envolver ativamente na militância política. Antes do advento das redes digitais, tornar-se um militante envolvia custos e desafios consideráveis, que muitas vezes limitavam a participação a um grupo seleto.
Com a crescente popularização da internet e a formação de redes de interações digitais, o cenário político começou a mudar. A facilidade de se conectar com outros indivíduos e grupos interessados em causas semelhantes reduziu as barreiras ao engajamento. Isso possibilitou a mobilização de um número maior de pessoas, tornando a militância mais acessível e ampliando o alcance das ações políticas.
Esse fenômeno representa uma mudança significativa na forma como as pessoas podem se envolver em atividades políticas, refletindo uma democratização da participação e um aumento na eficácia das campanhas e movimentos. A internet, portanto, não apenas facilitou a comunicação, mas também redefiniu o custo e a complexidade do ativismo político.