O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou uma melhora no cenário externo devido à expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos. Ele ressaltou que o risco de o Federal Reserve não iniciar a redução das taxas, prejudicando a liquidez global e impactando economias emergentes como o Brasil, diminuiu nas últimas semanas. Campos Neto enfatizou a transição para um cenário de “pouso suave” nos EUA, com desaceleração organizada e menos espaço para políticas contracíclicas.
Além disso, o presidente do BC mencionou que a dívida global cresceu rapidamente, elevando os custos de financiamento em países emergentes. Ele apontou para uma percepção de melhora fiscal global mais sincronizada, com desaceleração dos impulsos fiscais em diversas regiões. No contexto brasileiro, Campos Neto destacou uma desaceleração fiscal planejada, impactando o crescimento econômico e as expectativas, reforçando o compromisso do BC em agir conforme necessário, incluindo aumentos de juros.
Por fim, Campos Neto abordou a redução do volume de carry trade envolvendo o iene, enquanto a China passa por desaceleração e enfrenta tarifas crescentes em seus produtos nos mercados externos. O presidente do BC reiterou a postura de agir de forma apropriada, mas sem fornecer orientações futuras sobre a política monetária, em meio a um contexto global de ajustes e desafios econômicos.