Guilherme Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, indicou que, se eleito, poderá negociar o apoio de partidos do centrão, que inclui siglas como PP, Republicanos, Solidariedade e PTB. Em entrevista, Boulos afirmou que não pretende fazer um loteamento de cargos, mas reconheceu a necessidade de diálogo para formar uma base sólida na Câmara Municipal. Ele enfatizou que seu compromisso principal é implementar o programa de governo eleito e manter a transparência.
Boulos, que lidera as intenções de voto com 22%, enfrentará a concorrência de Pablo Marçal e Ricardo Nunes, ambos com 19%. O candidato do PSOL também destacou sua experiência em negociar com partidos conservadores no Congresso Nacional, afirmando que o diálogo é essencial para aprovar projetos legislativos. Em um possível governo, ele pretende reunir-se com o governador Tarcísio de Freitas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski para discutir medidas contra o crime organizado.
Durante a sabatina, Boulos respondeu às acusações de Pablo Marçal, que o associou ao consumo de drogas. Boulos desmentiu as alegações e criticou Marçal por usar táticas de desinformação. O candidato do PSOL acusou Marçal de tentar manipular o resultado eleitoral com fake news e afirmou que sua campanha enfrenta desafios relacionados à imagem negativa criada por seus adversários e ao uso da máquina pública pelo prefeito Ricardo Nunes.