O procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, criticou severamente os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, acusando-os de comportamento intervencionista ao exigir a divulgação dos resultados da eleição presidencial venezuelana de 28 de julho. Saab afirmou que as críticas de Lula e Petro sobre o processo eleitoral são inaceitáveis e destacou que a Venezuela não se intrometeu em questões eleitorais internas desses países no passado.
Saab também atacou o presidente chileno Gabriel Boric, chamando-o de “neo Pinochet” e acusando-o sem provas de ser um agente da CIA. O procurador-geral questionou a postura de Boric e criticou sua interferência nas questões venezuelanas, argumentando que o atual presidente chileno não fez o suficiente para apoiar vítimas de repressão no passado.
Além disso, Saab criticou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, por suas críticas às intimações feitas pelo Ministério Público venezuelano ao opositor Edmundo González. Saab acusou Almagro de promover golpes de Estado e afirmou que a atuação do secretário-geral contribui para a repressão política na América Latina. González, que já faltou a duas intimações, será convocado pela terceira vez, enquanto ele e seus apoiadores alegam falta de garantias legais no processo.