A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelece a obrigatoriedade do juiz das garantias nos tribunais brasileiros completa um ano neste mês. Até o momento, cinco dos seis Tribunais Regionais Federais (TRFs) já se ajustaram à determinação, com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) previsto para implementar a mudança nos próximos meses. O juiz das garantias é responsável por supervisionar a legalidade das investigações criminais, decidindo sobre medidas cautelares e garantindo imparcialidade no processo.
A implementação do juiz das garantias nos TRFs deve ser concluída até o fim de agosto, podendo ser prorrogada por mais um ano, conforme definido pelo STF. Esse magistrado cuida do processo criminal, como prisões cautelares e busca e apreensão, sem julgar a culpa do réu, deixando essa responsabilidade para outro juiz. Além dos tribunais federais, os tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal também deverão adotar o sistema, com projetos-piloto em andamento em algumas regiões, como em Goiás.
Especialistas destacam a importância do juiz das garantias para assegurar imparcialidade e equidade no processo judicial, garantindo que todas as partes envolvidas sejam ouvidas de forma equânime. Apesar das adaptações necessárias, como atribuição de competências entre os juízes, a implementação do juiz das garantias poderia estar mais avançada no país, segundo juristas. Com a crescente utilização de processos virtuais e autos eletrônicos, a expectativa é que a aplicação desse mecanismo seja facilitada e agilizada.