Uma análise inicial de um estudo clínico revelou que o antiviral tecovirimat, utilizado no tratamento da mpox, não reduziu a duração das lesões causadas pela doença em pacientes infectados com a variante mais letal, clado 1, responsável pelo surto na República Democrática do Congo. Embora o medicamento não tenha demonstrado eficácia nesse aspecto, observou-se uma menor taxa de mortalidade entre os participantes do estudo, independentemente de terem recebido o tecovirimat ou placebo. Essas descobertas, divulgadas pelos National Institutes of Health (NIH), ressaltam a importância de buscar novas abordagens terapêuticas para a mpox.
O estudo PALM007, conduzido pelo NIAID e pelo INRB, inscreveu 597 pessoas com mpox confirmado em laboratório na RDC, analisando a eficácia e segurança do tecovirimat. Embora o antiviral não tenha melhorado a duração das lesões, foi bem tolerado pelos participantes, sem eventos adversos graves relacionados ao medicamento. O diretor-geral do INRB, Jean-Jacques Muyembe-Tamfum, destaca a importância dessas evidências para orientar a resposta à mpox na África Central.
Apesar da decepção com os resultados, a diretora do NIAID, Jeanne Marrazzo, enfatiza o compromisso contínuo em desenvolver intervenções seguras e eficazes para aliviar o impacto da mpox. A análise do estudo aponta para a necessidade de investigações adicionais para compreender melhor os resultados observados, incluindo possíveis diferenças nos desfechos clínicos com base em variáveis como gravidade da doença e características dos participantes.