O governador do Amazonas, Wilson Lima, declarou situação de emergência e emergência em saúde pública em todos os 62 municípios do estado devido à estiagem severa que deve resultar na pior seca dos últimos 44 anos, conforme o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Desde julho, o governo já havia reconhecido a emergência em 20 cidades, e agora a medida foi estendida a todos os municípios, incluindo ações para enfrentar o risco sanitário decorrente da baixa dos rios e dificuldade no acesso aos serviços de saúde.
A estiagem afeta mais de 300 mil pessoas e 77 famílias, impactando transportes, abastecimento e saúde. Em resposta, foram instaladas uma usina de oxigênio em Envira e enviados medicamentos e cilindros de oxigênio para diversas localidades, como Fonte Boa e Canutama. Além disso, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas tem combatido milhares de focos de incêndio e reforçado as equipes com brigadistas contratados para enfrentar as queimadas, que têm causado problemas de qualidade do ar em Manaus.
Entre abril e agosto, a Operação Tamoiotatá resultou na prisão de 168 pessoas por crimes ambientais e na aplicação de mais de R$ 91 milhões em multas. Foram registrados 148 embargos e apreensões que cobrem quase 17 milhões de hectares. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia recomendou o uso de máscaras devido à má qualidade do ar em Manaus, evidenciando os impactos graves das queimadas na saúde pública.