As ações da Azul enfrentaram uma queda acentuada de mais de 20% na bolsa paulista nesta quinta-feira (29), atingindo mínimas históricas em meio a preocupações dos investidores sobre a capacidade da companhia aérea de gerenciar suas dívidas. O impacto negativo nas ações é atribuído às especulações sobre possíveis estratégias da Azul para lidar com suas obrigações financeiras, incluindo a possibilidade de uma oferta de ações ou a solicitação de recuperação judicial.
Conforme reportado pela Bloomberg News, a Azul está considerando várias opções para enfrentar suas dívidas, que estão se aproximando de um ponto crítico. Além disso, a companhia está explorando a possibilidade de uma fusão com a Gol para demonstrar aos credores que uma nova entidade combinada teria níveis de dívida mais baixos e melhores perspectivas de crescimento. Neste contexto, a Azul viu suas ações caírem para R$ 5,35 durante o pregão, o que representa uma queda de 21,38% e o pior desempenho em relação ao Ibovespa, que cedia 0,74%.
Analistas do UBS BB ressaltaram que a Azul já firmou um plano de reestruturação envolvendo 800 milhões de dólares com arrendadores, com parte do pagamento sendo feito por meio da emissão de ações a R$ 36. Paralelamente, a companhia está se esforçando para lançar uma nova debênture e aumentar sua liquidez. A situação continua a ser monitorada de perto pelos investidores e analistas do mercado.