O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ampliar a produção de provas no caso que discute o pedido de cassação do senador Jorge Seif (PL-SC) por abuso de poder econômico na campanha de 2022. A maioria dos ministros concordou com a proposta do relator, Floriano de Azevedo Marques, de solicitar mais informações, especialmente relacionadas ao suposto uso irregular de estrutura das lojas do empresário Luciano Hang, como transporte aéreo, a favor da campanha de Seif. A empresa de Hang terá 48 horas para fornecer informações sobre as aeronaves utilizadas, e o TSE irá verificar pousos e trajetos dessas aeronaves nos aeródromos.
O recurso em questão foi apresentado pela coligação Bora Trabalhar (PSD, Patriota e União Brasil) contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina que rejeitou a cassação de Seif. Os adversários do senador alegam que sua campanha foi favorecida por empresários e um sindicato de forma não declarada, incluindo doação irregular de um helicóptero, uso da estrutura das lojas do empresário Luciano Hang e suposto financiamento de propaganda eleitoral por entidade sindical. O Ministério Público Eleitoral aponta que a ligação entre Seif e Hang desequilibrou a disputa eleitoral pelo Senado em 2022.
A defesa de Jorge Seif e do empresário Luciano Hang negam as acusações, alegando que as provas apresentadas não comprovam o uso de aeronaves, estrutura de marketing e pessoal das Lojas Havan para a campanha do senador. Além de Seif, também são alvos da ação os suplentes na chapa, empresários e o empresário Luciano Hang. O relator destacou a necessidade de provas robustas para um pedido de cassação, dada a gravidade das sanções envolvidas.