A Justiça condenou seis ex-vereadores de Mogi das Cruzes por participação em um esquema de corrupção envolvendo empresários e parlamentares na compra de apoio para aprovação de leis. Os réus receberam penas que variam de 5 anos e 8 meses a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão em regime semiaberto ou fechado. Além dos ex-vereadores, o filho de um deles e um empresário também foram condenados, enquanto outros envolvidos foram absolvidos.
A investigação teve início após um boletim de ocorrência registrado por um vereador e um empresário, que alegaram ser vítimas de um falso leilão. O Ministério Público identificou um suposto esquema de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro, envolvendo contratos com a Secretaria Municipal de Saúde e o Serviço Municipal de Águas e Esgotos de Mogi das Cruzes. A promotoria encontrou indícios de corrupção na Câmara de Vereadores e apontou verbas destinadas à compra de apoio para aprovar emendas parlamentares, além de possíveis fraudes em contratos públicos.
Os réus podem recorrer da decisão em liberdade, e as defesas de alguns condenados expressaram surpresa e indignação com as sentenças. Enquanto alguns afirmam confiar na revisão da condenação em instâncias superiores, outros questionam a falta de provas consistentes apresentadas durante o processo. A operação que resultou nas condenações ocorreu em um contexto eleitoral, levantando questionamentos sobre a coincidência dos desdobramentos judiciais às vésperas das eleições municipais de 2020.