Cerca de 300 pessoas se reuniram em Mirante do Paranapanema para protestar contra a mudança de nome do Assentamento Che Guevara para Assentamento Irmã Dulce. A alteração proposta pelo Governador Tarcísio de Freitas gerou indignação entre os moradores, considerando-a um desrespeito à história do assentamento fundado há 30 anos. O ato de protesto contou com a presença de moradores, trabalhadores rurais, membros do MST e da FNL, celebrando o Dia do Trabalho e reafirmando a identidade do assentamento como Che Guevara.
Os manifestantes pintaram a caixa d’água do local com a sigla do MST e planejam reformar o letreiro com o nome antigo do assentamento, demonstrando a resistência em manter viva a memória de Che Guevara. Enquanto a mudança de nome busca homenagear a figura de Irmã Dulce, conhecida por sua obra social e caridade, os protestantes enfatizam a importância histórica e a identidade que o nome original representa para a comunidade. O documento oficial justifica a mudança baseando-se no legado de Irmã Dulce e sugere que futuros assentamentos também levem seu nome em consideração.
Diante da falta de retorno do Itesp e do Governo de Estado de São Paulo, o conflito permanece sem uma resolução oficial. A discussão entre preservar a história e homenagear figuras notáveis como Irmã Dulce reflete a complexidade desse embate, que envolve questões de identidade, memória coletiva e reconhecimento das contribuições de diferentes personalidades para a sociedade.