Diego Hernan Dirísio e sua esposa, Julieta Nardi, foram presos em Buenos Aires, Argentina, por envolvimento em um esquema de tráfico internacional de armas. Conhecido como o “Senhor das Armas”, Dirísio é apontado como o principal alvo da operação da Polícia Federal, que revelou a extensão do contrabando de armas para facções criminosas brasileiras. A investigação internacional também revelou a trágica morte de Silvia Nardi, irmã de Julieta e cunhada de Dirísio, no Paraguai, levantando suspeitas de envolvimento do traficante.
O casal liderou um grupo que contrabandeou 43 mil armas para o Brasil, realizando negócios obscuros que envolviam milhares de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de diversos fabricantes europeus. Dirísio, que residia no Paraguai, utilizava um sofisticado esquema com doleiros e empresas de fachada no Paraguai e em Miami, EUA, por meio da empresa IAS, para fornecer armamentos às facções brasileiras, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. A Polícia Federal realizou 67 apreensões entre 2019 e 2023, totalizando 659 armas de variados calibres.
A prisão de Dirísio e sua esposa, realizada pela Interpol em Buenos Aires, marcou um golpe significativo contra o tráfico de armas na América do Sul. A morte de Silvia Nardi, com indícios de suicídio, trouxe à tona a sombria realidade por trás do império criminoso do “Senhor das Armas”, que destruiu reputações e alimentou a violência em território brasileiro. A operação policial desvendou o intricado caminho percorrido pelas armas contrabandeadas, revelando a complexidade e o alcance do esquema liderado pelo agora desmascarado traficante.