O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou o desaparecimento de mais de um milhão de armas e munições de duas bases militares, ligando o ocorrido a redes de tráfico associadas a grupos ilegais colombianos e estrangeiros, com possíveis ramificações no Haiti. As armas, incluindo munições, explosivos e granadas, foram retiradas das bases de Tolemaida e La Guajira, possivelmente destinadas a grupos armados na Colômbia e até mesmo a conflitos estrangeiros.
A descoberta do sumiço do armamento ocorreu durante uma inspeção de inventário, levando o presidente Petro a apontar a proximidade do Haiti, a apenas sete horas de lancha rápida da base de La Guajira, como um possível destino das armas desaparecidas. O caso levanta preocupações sobre a segurança regional e a possível vinculação entre o tráfico de armas na Colômbia e a instabilidade no Haiti, que tem enfrentado crises desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021.
As autoridades colombianas estão empenhadas em investigar o caso e tomar as medidas necessárias, diante do histórico de corrupção e cumplicidade entre forças de segurança e grupos criminosos no país. O desaparecimento do armamento coloca em destaque a complexa situação de segurança na região, marcada por décadas de conflito armado e por desafios persistentes relacionados ao tráfico de armas e à violência que assola tanto a Colômbia quanto o Haiti.