O renomado ator baiano Wagner Moura, de 47 anos, revelou em uma recente entrevista a dimensão política presente em sua atuação no filme “Guerra Civil”. Gravado em inglês nos Estados Unidos, o protagonista Joel, embora oficialmente americano na trama, é interpretado por Moura com sotaque brasileiro, em um gesto que representa não apenas os brasileiros, mas também os imigrantes que carregam consigo diferentes sotaques e origens. Para o artista, cada personagem interpretado reflete uma parte de sua própria identidade, reforçando a importância de manter sua autenticidade linguística.
O filme “Guerra Civil”, dirigido por Alex Garland e lançado recentemente nos cinemas, tem conquistado o público brasileiro, liderando as bilheterias em seu dia de estreia. Além de Wagner Moura, o elenco conta com nomes como Kirsten Dunst, Cailee Spaeny, Jesse Plemons, Nick Offerman, Stephen Henderson, Sonoya Mizuno e Jefferson White. A postura do ator em manter seu sotaque nativo, mesmo interpretando um personagem estrangeiro, tem sido destacada pela imprensa internacional, que ressalta a sensualidade e a autenticidade de sua atuação.
Em um mergulho profundo em seus sentimentos, Wagner Moura expressa que, para ele, as palavras fluem naturalmente em português, mesmo quando atua em produções em inglês. O ator reforça a importância de se manter fiel à própria identidade e origem, chegando até mesmo a imaginar seu personagem Joel como brasileiro, em uma demonstração de como os personagens que interpreta são reflexos de sua própria essência e vivências. A entrevista conduzida por Mari Palma traz à tona a essência do trabalho de Moura e sua abordagem única no universo cinematográfico.