O Telegram, plataforma de mídia social fundada por Pavel Durov, está prestes a ultrapassar a marca de 1 bilhão de usuários ativos mensais, conforme previsto pelo seu fundador. Durov, que deixou a Rússia em 2014 devido a pressões governamentais, enfatiza a neutralidade da plataforma frente à geopolítica, mesmo diante de tentativas de influência por parte de alguns governos. Com 900 milhões de usuários ativos atualmente, o Telegram enfrenta o desafio de competir com gigantes como o WhatsApp, enquanto planeja uma possível listagem de ações nos Estados Unidos.
O Telegram ganhou destaque como fonte de informação não filtrada durante a invasão russa à Ucrânia em 2022, tornando-se uma plataforma crucial para divulgação de conteúdo sobre a guerra e a política envolvida no conflito. Enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, utiliza o aplicativo para comunicar-se com o público, o Kremlin e a oposição russa também encontram espaço na plataforma para disseminar suas mensagens. No entanto, o Telegram tem sido criticado por servir como ferramenta de desinformação e manipulação, levando a propostas de regulamentação mais rígida por parte de alguns governos, como a Ucrânia.
Apesar do sucesso crescente, Pavel Durov enfrenta desafios pessoais e de segurança, incluindo tentativas de roubo em São Francisco e a atenção de agências de segurança dos EUA. Durov enfatiza sua independência em relação a qualquer governo e nega rumores de que o Telegram esteja sob controle russo, atribuindo tais alegações a competidores preocupados com o crescimento da plataforma. Em meio a essas questões, o Telegram continua sua trajetória de expansão e influência no cenário das redes sociais globais.