Uma operação policial, denominada Apito Final, resultou na prisão de 20 suspeitos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que ultrapassou os R$ 65 milhões. A investigação teve início após autoridades constatarem que os investigados adquiriram um patrimônio incompatível com suas rendas, incluindo carros de luxo, imóveis em Cuiabá e uma casa no Lago do Manso. Os suspeitos, ligados a uma facção criminosa, utilizavam intermediários para registrar bens em seus nomes, ocultando a origem ilegal dos valores provenientes do tráfico de drogas.
As transações fraudulentas envolviam a compra e venda de veículos, com um grupo movimentando cerca de R$ 8 milhões em apenas um ano. Os criminosos utilizavam falsas garagens para encobrir o esquema de transação de automóveis e contavam com cúmplices para auxiliar na ocultação da origem ilícita do dinheiro. A operação também resultou em mandados de busca e apreensão, sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias, revelando a extensão do esquema de lavagem de dinheiro.
Além das prisões em Mato Grosso, a ação policial se estendeu a Maceió, onde quatro suspeitos foram detidos enquanto participavam de um jogo de futebol. Um advogado, integrante da organização criminosa, também foi preso em Alagoas. A investigação revelou que o responsável pelo tráfico de drogas na região assumiu o cargo de tesoureiro de uma facção criminosa, adquirindo diversas propriedades e veículos para ocultar a origem ilícita dos recursos, que passavam por contas bancárias antes de serem convertidos em ativos legais.