O Senado apresentará um recurso de agravo contra a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu trechos da Lei 14.784, de 2023, que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de empresas e prefeituras até 2027. Em entrevista coletiva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, expressou discordância com a atitude do governo de judicializar a política, defendendo que a estimativa do impacto financeiro e orçamentário da lei foi clara e que a prorrogação do benefício já existente desde 2011 não é inconstitucional, conforme decisão anterior do STF.
Pacheco destacou os avanços do Congresso Nacional na arrecadação do governo em 2023, ressaltando o aumento expressivo e citando medidas como a PEC da Transição e a tributação de fundos exclusivos. O presidente do Senado lamentou a suspensão da desoneração da folha de pagamento, argumentando que setores que empregam acima da média nacional podem ser prejudicados. Ele defendeu a necessidade de um debate amplo sobre gastos públicos e formas de aumentar a arrecadação sem sobrecarregar o contribuinte.
A decisão do ministro Cristiano Zanin será submetida ao plenário virtual do STF, e se validada, a desoneração da folha de pagamentos permanecerá suspensa até a análise do mérito da ADI 7633. Pacheco enfatizou a importância da desoneração para os pequenos municípios e instigou um debate sobre equilíbrio fiscal e cortes de gastos públicos. O embate entre Legislativo e Executivo sobre a desoneração da folha de pagamento destaca a necessidade de um diálogo contínuo e construtivo entre os poderes para o bem-estar econômico do país.