O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná iniciou o julgamento de duas ações que solicitam a cassação do mandato do senador Sergio Moro e seus suplentes, Luís Felipe Cunha e Ricardo Guerra, todos do partido União Brasil. As ações, movidas pelo PL e por uma federação composta por PT, PCdoB e PV, acusam Moro de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022, quando ele manifestava intenção de concorrer à Presidência pelo Podemos, mas posteriormente mudou para o União Brasil para disputar o Senado. O relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, votou contra a cassação, argumentando que Moro não ultrapassou o limite de gastos tanto na pré-campanha presidencial como na campanha ao Senado.
O desembargador José Rodrigo Sade solicitou mais tempo para analisar o caso, interrompendo o julgamento que será retomado na quarta-feira. A defesa de Sergio Moro alega que as ações movidas buscam um “terceiro turno” e que o ex-ministro da Justiça não cometeu irregularidades financeiras, respeitando os limites estabelecidos para os gastos eleitorais. A batalha jurídica em torno do caso promete se estender e possivelmente chegar ao Tribunal Superior Eleitoral, demonstrando a complexidade e a importância do processo judicial em questão.
As acusações de abuso de poder econômico contra Sergio Moro durante a pré-campanha eleitoral de 2022 colocam em xeque a conduta do ex-juiz e ex-ministro em sua transição para a vida política. O desfecho do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná terá repercussões significativas no cenário político nacional, podendo influenciar não apenas a carreira de Moro, mas também a percepção pública sobre a integridade e ética dos políticos brasileiros em geral, em meio a um contexto de polarização e questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral no país.