Após serem recapturados pela Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal em Marabá, no Pará, os fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, conhecidos como os fugitivos de Mossoró, enfrentam um processo administrativo na Penitenciária Federal de Mossoró por infrações disciplinares graves. Segundo relatos, durante uma revista na cela de Mendonça, ele teria desobedecido às ordens dos agentes, proferido ameaças e xingamentos, chegando a ameaçar diretamente. Os policiais penais também mencionaram que os fugitivos têm dado trabalho dentro da unidade, recusando-se a seguir ordens e ameaçando os agentes.
A advogada dos presos, Flávia Fróes, solicitou a transferência de Rogério para outra unidade federal, alegando que ele relatou tortura e ameaças de morte por parte dos policiais penais. Os dois fugitivos, membros do Comando Vermelho, ficaram foragidos por 51 dias após fugirem pela luminária da cela, sendo esta a primeira fuga do Sistema Penitenciário Federal. A caçada terminou quando foram interceptados na BR 222 com planos de fugir para a Bolívia, mas foram capturados em abril.
A situação dos fugitivos de Mossoró expõe a tensão e desafios enfrentados no sistema prisional brasileiro. As alegações de ameaças, xingamentos e tortura levantam questões sobre a segurança dos presos e a conduta dos agentes penitenciários. Enquanto o pedido de transferência de Rogério é avaliado, a Penitenciária Federal de Mossoró segue lidando com as consequências das ações dos fugitivos e buscando manter a ordem e disciplina dentro da unidade.