O governo federal propôs aumentos em auxílio alimentação e benefícios para os servidores públicos federais como forma de evitar paralisações e greves. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, ressaltou que não há previsão de reajuste salarial para os servidores este ano devido ao impacto do aumento linear de 9% autorizado em 2023 no orçamento de 2024. As negociações estão sendo conduzidas com a abertura de mesas separadas por categorias, com a promessa do governo de abrir todas as negociações até julho deste ano.
Além dos aumentos em benefícios como auxílio alimentação, saúde e creche, o governo busca abrir espaço orçamentário para possíveis contrapropostas salariais, considerando um cenário de reajuste de 4,5% em 2025 e 2026. No entanto, a falta de prazo definido para o término das negociações tem gerado preocupação entre as categorias de servidores, podendo resultar em ampliação dos movimentos de paralisação no país. A ministra Dweck reconheceu que as negociações demandam análises detalhadas e decisões internas para equilibrar as demandas com as restrições fiscais.
Com 20 categorias de servidores já em processo de mobilização e pressão por definição de prazos para as negociações, a situação tende a se intensificar nas próximas semanas e meses. A ministra Dweck enfatizou que as mesas de negociação serão abertas progressivamente até julho, mas destacou a necessidade de tomar decisões políticas e fiscais para viabilizar contrapropostas dentro do orçamento estabelecido. As dificuldades decorrentes do arcabouço fiscal vigente, que limita o aumento real dos gastos do governo, adicionam complexidade ao processo de negociação com os servidores públicos.