Um aumento alarmante no número de imigrantes que chegam às Ilhas Canárias tem revelado os desafios e riscos enfrentados pelos africanos que buscam uma vida melhor na Europa. Com um aumento de 490% em relação ao mesmo período do ano anterior, mais de 14 mil imigrantes já chegaram ao arquipélago espanhol em 2024. Especialistas apontam que mudanças na política migratória da UE e o caos na Líbia têm impulsionado essas migrações, tornando as rotas marítimas, como a do Atlântico, cada vez mais perigosas.
Os perigos enfrentados pelos imigrantes africanos são evidenciados pelo caso de um barco encontrado no Pará, com 9 corpos e suspeita de transportar aproximadamente 25 pessoas. Essas embarcações, muitas vezes pequenas e precárias, acabam se perdendo no mar, afastando-se da costa e correndo riscos de cair em correntes marítimas no alto mar. A rota do Atlântico, a segunda mais mortal do mundo, representa um desafio adicional para aqueles que buscam uma vida melhor na Europa, com consequências trágicas para muitos migrantes.
A crise política, de segurança e humanitária em países como Mali e Mauritânia impulsiona a saída de muitos jovens em busca de melhores condições de vida. Conflitos étnicos, insegurança alimentar, terrorismo e precariedade econômica são alguns dos fatores que levam esses indivíduos a arriscar suas vidas em perigosas travessias pelo deserto e pelo mar. O aumento do fluxo migratório para países como a Mauritânia reflete a busca desesperada por uma vida mais segura e estável, diante das adversidades enfrentadas em seus países de origem.