A produção de laranja em Aguaí, São Paulo, está sendo severamente afetada pelo excesso de calor e insolação. Produtores locais estão enfrentando problemas com queimaduras nos frutos, levando a uma quebra de safra significativa. Para tentar minimizar os danos, alguns citricultores estão até mesmo aplicando protetor solar nas laranjeiras, porém os prejuízos ainda são expressivos.
O clima extremo, atribuído ao fenômeno El Niño, causou ondas de calor que prejudicaram a florada e o desenvolvimento dos frutos. Com temperaturas ultrapassando os 46 ºC, as laranjeiras estão produzindo muito menos frutos do que o esperado, levando a quedas de até 70% na produção. Mesmo com tentativas de mitigação, como aumento na irrigação, os efeitos do calor intenso continuam impactando negativamente os pomares.
A queda na produção de laranja na região está refletindo no mercado, com uma diminuição de 2,22% na safra atual em comparação com a anterior. O clima adverso e a disseminação do greening contribuíram para essa redução, resultando em preços mais altos e estoques de suco de laranja no segundo menor nível já registrado. A combinação desses fatores está gerando desafios significativos para os produtores e para a indústria de citros como um todo.