Em meio a um cenário de caos político e social no Haiti, o primeiro-ministro Ariel Henry renunciou ao cargo, abrindo caminho para a formação de um novo governo no país caribenho. A renúncia ocorreu em Los Angeles, em 25 de abril, coincidindo com a instalação de um conselho encarregado de selecionar um novo primeiro-ministro e gabinete. A violência de gangues, que resultou na morte ou ferimento de mais de 2.500 pessoas entre janeiro e março, tem sido um dos principais desafios enfrentados pela nação.
Espera-se que o conselho de nove membros, com sete deles detendo poder de voto, desempenhe um papel fundamental na definição da agenda do novo governo haitiano. Além disso, o órgão terá a responsabilidade de nomear uma comissão eleitoral provisória e estabelecer um conselho de segurança nacional. A formação desse conselho vem após ataques coordenados de gangues armadas em fevereiro, que resultaram em atos de violência, incluindo a queima de delegacias e hospitais, além da libertação de mais de 4.000 presos.
Com o país ainda lidando com os impactos da crescente crise, a expectativa é de que a transição política represente um passo crucial rumo à estabilidade e reconstrução no Haiti. A instauração do gabinete de transição em Port-au-Prince e a renúncia de Ariel Henry sinalizam mudanças significativas no cenário político haitiano, em meio a um contexto de desafios complexos que demandam atenção urgente e ação coordenada por parte das autoridades e da comunidade internacional.