O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou uma pausa em suas funções após a abertura de uma investigação contra sua esposa, Begoña Gómez, por suspeitas de corrupção e tráfico de influência. A denúncia, feita por um coletivo ligado à extrema direita, levou o Tribunal Superior de Justiça de Madri a iniciar uma investigação preliminar. Sánchez negou as acusações, mas ponderou sobre a continuidade em seu cargo, alegando proteger sua esposa da perseguição de partidos de direita.
A investigação contra Begoña Gómez se baseia em supostos vínculos com empresas privadas, como a Air Europa, que teriam recebido benefícios do governo espanhol. O tribunal de Madri confirmou a abertura do processo, que correrá em sigilo. Enquanto Sánchez confia na Justiça, o Partido Popular, principal partido de oposição, exige explicações sobre o caso. Sánchez, que está em seu segundo mandato, enfrenta a possibilidade de renunciar ao cargo diante da pressão política e da investigação em andamento.
Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista, conquistou a reeleição em novembro de 2023 em meio a um cenário político conturbado, marcado por alianças controversas e perdas eleitorais. Sua trajetória política inclui a ascensão ao poder em 2018 após uma moção de censura contra Mariano Rajoy. A atual crise, desencadeada pela investigação contra sua esposa, coloca em xeque a estabilidade do governo espanhol e levanta questões sobre o futuro de Sánchez no comando do país.