Um novo estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia revelou que a prática da ioga Kundalini pode trazer benefícios significativos para a memória de idosos. O experimento comparou os efeitos dessa modalidade de ioga com técnicas de treinamento de memória em 79 mulheres na pós-menopausa, todas com condições cardiovasculares e que relataram problemas de memória. Os resultados, publicados na revista Translational Psychiatry, mostraram melhorias na memória em ambos os grupos, porém as participantes que praticaram ioga apresentaram também redução nos marcadores inflamatórios e menos queixas de lapsos de memória após seis meses.
A prática de ioga, em especial a Kundalini, foi destacada pela coordenadora da Equipe de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein, Maria Ester Azevedo Massola, como benéfica para a memória devido a seus efeitos neurobiológicos e fisiológicos. Além de reduzir o estresse, a ioga estimula a coordenação, equilíbrio e concentração, promovendo a plasticidade cerebral e melhorando a memória e outras funções cognitivas. A especialista ressalta que tais benefícios também podem ser obtidos com outros estilos de ioga, como o Hatha, amplamente praticado no Brasil.
O estudo sugere que a ioga, como intervenção não invasiva e não medicamentosa, pode ser uma valiosa aliada na promoção da saúde cerebral e cognitiva em idosos. A prática regular não só oferece benefícios físicos e mentais, mas também ajuda a preservar a função cognitiva e a qualidade de vida ao longo do envelhecimento. No entanto, é importante que os mais velhos tomem precauções, consultando um profissional de saúde antes de iniciar e escolhendo um estilo de ioga adequado, além de comunicar ao instrutor quaisquer condições médicas para uma prática segura e adaptada às necessidades individuais.