O servidor da Justiça João Batista Carvalho Neto, principal suspeito do assassinato da psicóloga Fabiana Fernandes Maia Veras, foi apontado pela Polícia Civil por tentar usar a amizade da vítima com a ex-namorada dele para reatar o relacionamento. Segundo a investigação, João Batista foi visto em imagens de câmeras de segurança na casa de Fabiana pouco antes dela ser encontrada morta com cortes de arma branca em Assú, no Rio Grande do Norte. A ex-namorada do suspeito, também agente da Polícia Civil, afirmou em depoimento que o relacionamento dos dois durou cerca de dois anos, de 2020 a 2022, e que ele demonstrava frustrações por questões profissionais.
A polícia revelou que João Batista teria tentado contatar sua ex-namorada em janeiro deste ano através de Fabiana, sugerindo enviar um buquê de flores. No entanto, a ex-namorada já estava em outro relacionamento. O suspeito, descontente por não ter passado em concursos para juiz e insatisfeito com seu salário, teria tentado acessar o celular de Fabiana para verificar se ela a aconselhava a reatar o relacionamento. Além disso, foi descoberto que uma arma de fogo encontrada com João Batista foi adquirida ilegalmente cerca de 10 dias antes do crime.
O advogado de João Batista preferiu não dar entrevistas, afirmando que aguardará análises médicas e laudos psiquiátricos para definir a estratégia de defesa do suspeito. A polícia planeja solicitar à Justiça a extração de dados do celular de João Batista para esclarecer se ele planejou ou chegou de surpresa à casa da psicóloga. Ainda em investigação, o caso revela a complexidade dos motivos por trás do trágico assassinato de Fabiana Maia Veras e os desdobramentos que serão explorados no desenrolar do processo.