A Polícia Militar de São Paulo negou qualquer envolvimento no ferimento de uma criança em Paraisópolis, após um tiroteio na região. Segundo a PM, análises preliminares das câmeras corporais de três policiais envolvidos na ação indicam que o disparo que atingiu a criança não foi feito por um policial militar. O porta-voz da corporação afirmou que a criança, atingida no olho, não apresenta lesão perfuro-contundente, e que o ferimento na testa parece ser um corte.
A troca de tiros aconteceu durante uma ação de patrulhamento em Paraisópolis, com os criminosos atirando contra os policiais, que reagiram seguindo protocolos de segurança. O menino de 7 anos, que estava indo para a escola, foi atingido e posteriormente levado para atendimento médico. A PM destacou que o olho inchado da criança não requer cirurgia e que seu estado é estável. A Ouvidoria da Polícia solicitou o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência e abriu uma investigação, mas a PM afirmou que não há motivo para afastamento, pois os policiais não atrapalharam a perícia no local do incidente.
Contrariando especulações de que os policiais teriam alterado a cena do crime, a PM afirmou que as imagens mostram os agentes apenas sinalizando o local onde o projétil foi encontrado, facilitando o trabalho da perícia. A Ouvidoria solicitou detalhes sobre a investigação à Polícia Civil e laudos periciais, mas a PM declarou que os policiais não serão afastados, pois não houve obstrução à ação pericial. A corporação enfatizou que as armas encontradas no local, incluindo um calibre 90 milímetros, não são de uso padrão dos policiais, sugerindo a presença de armamento dos criminosos na cena do tiroteio.