A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizou a prisão de 13 policiais acusados de torturar um soldado durante um curso de formação do Batalhão de Choque em Brasília. Os PMs teriam agredido o soldado Danilo Martins Pereira com pedaços de madeira, chutes, socos e golpes de capacete, além de submetê-lo a exercícios extenuantes e jogar produtos químicos em seus olhos. Após o ocorrido, o soldado foi internado em estado grave, resultando na prisão dos envolvidos e na suspensão do curso até o fim das investigações.
A ação foi resultado de uma operação comandada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que determinou a prisão dos policiais e a apreensão de seus celulares. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) também afastou o comandante responsável e solicitou acesso ao prontuário médico do soldado para elaboração de laudo de exame de corpo de delito. Em resposta, o advogado dos PMs alegou que seus clientes foram surpreendidos pelas prisões e não foram notificados para prestar esclarecimentos, classificando os fatos como abjetos.
O soldado Danilo, que abandonou o curso após sofrer abusos por oito horas seguidas, foi internado na UTI do Hospital Brasília, em Águas Claras. A Corregedoria da Polícia Militar acompanhou a operação e as investigações em andamento visam esclarecer os detalhes do caso e garantir a punição dos responsáveis pela agressão ao soldado durante o treinamento no Distrito Federal.